Canal do Blog Sushi POP: Tokusatsu, Mangá, Animê, J-pop, Anisong e afins. E mais: Quadrinhos, Livros e assuntos variados. Alerta: contém opiniões bastante sinceras e frequentemente impopulares.
Escrever sobre os conceitos originais de Olavo de Carvalho é um desafio; não por conta de alguma dificuldade intrínseca, feito ocorre com termos cujo referente real nos escapa, mas devido ao seu caráter fragmentário. É de se crer que, tal qual ocorrido com Mário Ferreira dos Santos, cujos livros comumente advém de transcrições mais ou menos tratadas, Carvalho, ao escolher ser um falador antes de um escritor, tenha sofrido do mesmo mal de seu predecessor: legar as próprias teses a um desenvolvimento póstumo. Todavia...
O próprio Olavo não era da ideia de que só se deve criticar o lado ideológico por si mas sim as ações concretas.
Muito do problema que se tornou o olavismo e a direita não está nem na conta do Olavo, mas da massa de alunos e admiradores superficiais que jamais conseguiram construir nada de valoroso a partir dele.
Não estou eximindo o Olavo de todas as culpas, mas dessa um pouco.
🔴 Minutos finais da batalha decisiva da série clássica de Sailor Moon (1992), com a dublagem original exibida na TV Manchete. A direção, edição de imagens e o uso da canção-tema foram espetaculares. Diretor: Junichi Sato
💬 O fã adulto médio de super-heróis japoneses está sempre preocupado em adquirir novos bonequinhos para sua coleção. Quando assiste um episódio, esse fã médio não percebe camadas de roteiro, só presta atenção em cenas de luta e costuma dizer para quem não adora as séries atuais que precisa "abrir a cabeça". Isso me fode a paciência.
O cara adulto que te manda abrir a cabeça para curtir série feita pra crianças de 5 anos, em geral não é capaz de abrir e ler um livro. Diz para você se atualizar e é um normie NPC em qualquer outra área da vida, seguindo ou agindo como qualquer sinalizador de virtude para ser bem aceito.
Há uma diferença enorme entre assistir tokusatsu (ou animê, ou qualquer outra coisa), e ser um adulto infantilizado. Com este último tipo de pessoa, eu não tenho mais paciência.
O meio dos "influenciadores" da área nerd/geek/otaku foi invadido por militantes de esquerda que arrotam suas distorções com muita retórica por todo lado. São celebrados pelas editoras, estão sempre circulando no meio. São os caras "do bem", os "intelectuais", os que falam pelo "bom senso".
Se sai desse script, é considerado tóxico, extremista, e portanto fica de fora de muita coisa. Riem de quem usa o termo "lacração", acusam todo mundo que discorda deles de fascista e preconceituoso, se dizem contra o sistema mesmo sendo beneficiários e bajuladores do mesmo.
Do lado nerdola (o nerd raiz, ou mesmo o nerd conservador), é só oba-oba, só sensacionalismo apontando a lacração e a hipocrisia alheia. É só vídeo reagindo indignado a algo, ou comemorando às gargalhadas quando o outro lado se deu mal. Só seguem o hype, pois dependem de algoritmo para pagar suas contas. Então, ficam sempre alimentando o hype, sendo escravos do sistema que dizem combater.
Já faz tempo que falo que tudo isso é bobagem. Denúncias e manifestações de indignação poderiam ser pontuais, não o combustível básico do conteúdo. Se a produção cultural mainstream atual é um lixo, que se busque o material alternativo, que se dê visibilidade a trabalhos interessantes, que se mostre o valor de obras do passado, indicando onde ver e consumir. Mas acima de tudo, falta um aprofundamento em questões culturais, falta conhecimento sobre as origens das ideias.
O lado progressista tem muito mais conhecimento do que o lado nerdola, que não tem gente para bater de frente com os youtubers influentes que evocam o meio acadêmico para validar sua militância. A coisa está feia mesmo, mas essa briga não me diz respeito.
Não sigo briefing, não sigo pautas, não sigo hype. Eventualmente, algum hype me interessa, como foi o caso de SPY x FAMILY ou Frieren. De resto, sigo produzindo de forma independente.
Ao longo do tempo, tenho redefinido meus posicionamentos. Fora o dado prático de que o movimento Conservador foi capturado por uma idolatria cega a um politico e com ele se confundiu perante a mídia, há outro elemento importante sobre a própria definição.
Dizem que o conservador conserva o que é bom, e que valoriza aqueles costumes e normas sociais que "passaram no teste do tempo". Isso não significa que a sociedade sempre avança para a frente por si só, crer nisso é confiar no ser humano como medida de todas as coisas. Em outras palavras, é colocar o Humanismo acima do Cristianismo, o maior erro dos Liberais e que invadiu até a Igreja.
Muitas vezes, o que diferencia um Conservador de um Esquerdista ou de um Liberal não são exatamente valores, mas o timing. Vejo muitos influenciadores que se autointitulam "conservadores" dizendo que não são contra certas pautas, e sim que são contra mostrá-las para crianças. Ou então, dizem que não são contra a "ideologia de gênero", desde que não se queira influenciar crianças. Tudo errado. O "neocon", ou mesmo o conservador raiz que cai nesse conto é aquele que hoje briga com os progressistas, mas que depois que perde, com o tempo passa a apoiar e "conservar" o que a esquerda conquistou. Os exemplos são inúmeros.
Há os que dizem, exaltados, que a briga contra a esquerda não é uma guerra cultural, mas espiritual. Mas quase ninguém tem coragem de dar os nomes, sequer de invocar o nome de Nosso Senhor Jesus Cristo como aquele por quem lutam os que estão contra o Mal.
Enfim, só algumas divagações. Não sou de direita, mas obviamente tenho mais simpatia pelos ditos conservadores e tradicionalistas, ou ao menos tenho mais em comum com eles do que com esquerdistas, liberais e progressistas (e pelo amor de Deus, nunca coloque conservadores e liberais do mesmo lado, chega de cair nessa).
Em um mundo que quer te forçar uma polaridade, eu estou entre os que recusam participar desse jogo "direita x esquerda". Sou Cristão, ponto final.
As ideias do filósofo que impactaram cultura, política e o pensamento brasileiro continuam gerando reflexões. Descubra o legado que ele deixou e por que ainda é tão relevante!
Em 25 de janeiro de 1938, no Japão, nasceram dois autores de mangá que deixariam suas marcas na cultura japonesa: Shotaro Ishinomori (criador de Cyborg 009, Kamen Rider e Gorenger) e Leiji Matsumoto (Yamato - Patrulha Estelar, Cap. Harlock e Galaxy Express 999). Suas criações se tornaram famosas e ganharam numerosas adaptações ao longo de décadas.
Ishimori (à esq) faleceu em 1998, enquanto Matsumoto, em 2023. Dois gênios que influenciaram gerações pelo mundo e deixaram legados valiosos.
- Não ligo para RPG, Tolkien, nada disso. Mas gosto muito de Frieren e esbarrei em um vídeo muito interessante que faz paralelos entre o heroísmo e valores nobres de Frieren, e a falta deles na visão de mundo materialista do criador de Game of Thrones. Para quem gosta de analisar roteiro, é um vídeo fascinante.
Três anos após o falecimento de Olavo de Carvalho noto que não há o menor sinal de manutenção ou de expansão do seu legado. Na verdade, desde seu falecimento, o olavismo vagueia, cambaleia. Os alunos formados, ao menos os famosos, são o puro suco do imbecil coletivo e os poucos sérios pouco produzem e pouca relevância conseguem.
Seu projeto de “restauração da alta cultura” e a criação de uma “elite intelectual” fracassou. A “alta cultura” olavista se limita a cursos toscos, a “elite intelectual” um bando de influenciadores digitais.
Claro que as coisas podem mudar, pode haver lá na frente um redescobrimento do Olavo e talvez as coisas mudem e surja um movimento cultural de verdade e intelectuais de verdade, mas por agora o projeto do Olavo está morto junto com ele.
🔴 Minutos finais da batalha decisiva da série clássica de Sailor Moon (1992), com a dublagem original exibida na TV Manchete. A direção, edição de imagens e o uso da canção-tema foram espetaculares. Diretor: Junichi Sato