Sede muitíssimo bem-vindo a este canal. Aqui me proponho a trazer-vos textos, comentários e reflexões filosóficas. Respeitai a pluralidade de visões filosóficas neste espaço.
Schopenhauer, em As Dores do Mundo, fala sobre um ingenuidade da primeira metade da nossa vida, onde muitas vezes buscamos a felicidade, uma vida feliz, seguindo-se por uma desilusão na outra metade da vida, por sairmos daquele estado de ingenuidade e por percebermos que o conceito de felicidade não passa de quimera, de ilusão, que só o sofrimento é real — eu, particularmente, acredito que nossa vida seja majoritariamente sofrimento, onde apenas temos alguns momentos de verdadeira alegria, gozo ou prazer.
Como expõe Schopenhauer, em As Dores do Mundo, você até pode se esforçar para eliminar um sofrimento, mas você sempre estará sujeito a outras formas de sofrimento. É como se o sofrimento fosse uma sensação intrínseca à condição humana, de que tentamos continuamos fugir, mas que sempre nos pega. Vivemos numa sociedade com uma qualidade de vida muito superior à de séculos passados, mas mesmo assim não conseguimos nos livrar de múltiplas formas de sofrimento. Ademais, os casos de transtornos e sofrimentos psicológicos são tão numericamente expressivos que acho que falta psicólogo/psiquiatra no mundo. A dor sempre nos persegue.
A música "Papai Noel Velho Batuta" da banda Garotos Podres é uma crítica ácida ao consumismo e às desigualdades sociais exacerbadas durante o período natalino. Através de uma letra provocativa e direta, a banda expressa o descontentamento com a figura do Papai Noel, que é retratada como um símbolo do capitalismo, favorecendo os ricos em detrimento dos pobres. A repetição da frase "Presenteia os ricos e cospe nos pobres" evidencia a percepção de que o Natal, ao invés de ser uma época de solidariedade e compaixão, tornou-se um momento em que as diferenças sociais são ainda mais acentuadas. A banda, conhecida por suas letras de protesto e posicionamento político, utiliza a imagem do Papai Noel como uma metáfora para denunciar a sociedade de consumo e a injustiça social.
Feliz Natal a todos os membros do canal! Espero que vocês tenham uma ótima noite. Para mim o Natal é um dia como qualquer outro, sem significado algum, mas sei que para algumas pessoas é um dia especial ou importante.
S. Tomás, na obra Suma Teológica, Q. 41, Art. 2, distingue o necessário acidental do necessário essencial. O necessário acidental pode ser tanto como por uma causa agente e necessitante como por uma causa final. Assim, é necessário em razão de uma causa agente (que o obriga) ou em razão de uma causa final (meio necessário para o fim X ou Y). O necessário essencial é aquilo que não pode deixar de existir. Em Deus, que o Pai gere o Filho é uma necessidade essencial, por exemplo.
O necessário ou é essencial ou acidentalmente. – Acidentalmente, de duplo modo. Como por uma causa agente e necessitante; assim, dizemos ser necessário o que é violento. Ou como por causa final; assim o meio conducente ao fim se chama necessário, por não podermos, sem ele, alcançar o fim ou o alcançarmos como devemos. Ora, de nenhum destes modos a geração divina é necessária, porque Deus não existe para um fim, nem se concebe nele a coação. – Porém, diz-se necessário essencialmente o que não pode deixar de existir; assim é necessária a existência de Deus. E, deste modo é necessário que o Pai gere o Filho. (S. Tomás, Suma Teológica)
Também a vontade, como natureza, quer certas coisas, naturalmente; assim, a vontade do homem naturalmente tende à felicidade. E, semelhantemente, Deus quer-se e ama-se a si mesmo. Mas, quanto ao que é diferente de si, a vontade de Deus é livre, de certo modo, como dissemos (q. 19, a. 3). Porém, o Espírito Santo procede como Amor, enquanto Deus se ama a si mesmo. Por onde, procede, naturalmente, embora proceda ao modo da vontade. (S. Tomás, Suma Teológica)
Com o que também está de acordo a razão da processão de um e outro. Pois, já dissemos que o Filho, como Verbo, procede a modo de intelecto; porém, o Espírito Santo a modo de vontade, como Amor. Ora, necessariamente, do verbo procede o amor. Pois não amamos senão a quem apreendemos pela concepção mental. Por onde, desta maneira, é manifesto que o Espírito Santo procede do Filho. (São Tomás, Suma Teológica)
Conforme expõe S. Tomás, em Suma Teológica, Q. 36, Art. 2: Nem é possível dizer-se que as Pessoas divinas se distingam entre si, absolutamente falando, pois, daí seguir-se-ia não ser uma a essência das três, porquanto tudo o que de Deus absolutamente se predica pertence à unidade de essência. Donde se conclui, que só pelas relações se distinguem, entre si as Pessoas divinas. Pai, Filho e Espírito Santo distingue-se realmente por relações ou atributos relacionais, mas não absolutamente falando, porque, se o fosse, perder-se-ia a unidade da essência divina.
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Pois, o nome de espírito significa a imaterialidade da substância divina, porque o espírito corpóreo é invisível e pouco material; por isso, a todas as substâncias imateriais e invisíveis damos o nome de espírito. (São Tomás, Suma Teológica)
Como diz São Tomás, na Q. 30, Art. 1, do Suma Teológica, a suma unidade/simplicidade de Deus exclui toda a pluralidade de atribuições absolutas, mas não a das relações, porque estas se predicam dependentemente de outra e não implicam composição na coisa a que se atribuem.
São Tomás, no Suma Teológica, em resposta à primeira objeção, Art. 1, Questão 33, distingue princípio de causa. O nome causa implica diversidade de substância e dependência entre uma coisa e outra, o que não importa o nome princípio. Assim, em Deus, o Pai é princípio.
Pessoa significa o que há de mais perfeito de toda a natureza, i. é, o que subsiste em a natureza racional. Donde, como se devem atribuir a Deus todas as perfeições, pois a sua essência as contêm todas, devemos aplicar-lhe o nome de pessoa. (São Tomás, Suma Teológica)
Meses atrás Fernanda Torres, em entrevista ao programa Roda Viva, disse que a maldade feminina é muito pior do que a masculina por ser, creio, algo muito mais “ardil”, arquitetado, psicológico, indireto, que não se resolve na hora, mas se arrasta em um inferno psicológico, pela complexidade da psicologia feminina. Ela também disse que gosta dessa objetividade masculina. As mulheres são geralmente mais subjetivas, pensativas, indiretas, dizem X, mas querem Y, falam “sim”, mas querem dizer “não”. É muito complexo você entender o psiquismo feminino.
Desnudados da linguagem, não somos senão macacos assassinos. Todos os poderes distintivos citados são ou constitutivos ou corolários de nosso domínio de uma linguagem desenvolvida. — Peter M. S. Hacker
As disposições humanas estão ligadas a tendências, inclinações e vulnerabilidades. Tendências e inclinações são conceitos frequenciais, porque dizem respeito à frequência do comportamento. Enquanto vulnerabilidades ou suscetibilidades não são conceitos frequenciais, porque dizem respeito à suscetibilidade a V-r, dada a oportunidade ou ocasião. Os traços de caráter, de personalidade e as disposições de temperamento envolvem tendências, inclinações e vulnerabilidades. As tendências e inclinações humanas podem ser controladas, suprimidas ou erradicadas.
Em Laques, Nícias comenta que Sócrates havia ligado conhecimento à bondade. O problema disso é justamente o fato de que o conhecimento não é condição suficiente. Faltou algo. Não é porque sabe como deve se comportar em um contexto que envolve perigo iminente de morte, como aquele do campo de batalha, que você irá necessariamente se comportar assim, segundo o caminho indicado pela prudência. Sócrates é intelectualista ético por achar que o saber é condição suficiente para você agir moralmente. Aristóteles vem posteriormente para corrigir este problema colocando a vontade como outro componente importante do comportamento ético.