A existência não é um fluxo tranquilo, como muitos gostariam de acreditar. É uma luta incessante, um esforço diário para manter a cabeça acima da superfície enquanto a correnteza do tempo, das circunstâncias e das desilusões te arrasta para o abismo.
Você acha que controla o percurso, mas a verdade é que cada braçada que dá é um grito silencioso contra a força inevitável que tenta te engolir.
A correnteza não é só externa – ela vive dentro de você. É o peso de suas escolhas erradas, as expectativas que se acumulam e as falhas que não desaparecem, apenas se escondem nas profundezas.
Você nada não apenas contra o mundo, mas contra si mesmo, contra o desejo de desistir, de se deixar levar pelo fluxo e simplesmente desaparecer.
E é aí que a vida mostra sua crueldade. Não importa o quanto você lute, a corrente não cessa. Não há destino final, não há linha de chegada. Apenas o desgaste. A única vitória é o próprio ato de continuar.
Não há glória em nadar contra a força esmagadora, mas há dignidade. A força da vida te puxará para baixo, mais cedo ou mais tarde. A questão é: até onde você está disposto a lutar antes que isso aconteça?