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Nosso destino é a eternidade | Olavo de Carvalho (1947-2022)
(Olavo de Carvalho, Youtube, 24 de jan. de 2025.)

"A única esperteza ao alcance do ser humano é querer acima de tudo a vida eterna. Tudo o mais é ingenuidade."

Canção tradicional portuguesa, "A Bela Infanta":

https://youtu.be/g3a8b9EN4sM?si=wDP8MZ5cUtCGD7jM

Os polímatas, tipos tão comuns em evos passados, parecem ter se extinguido justamente quando o avanço da tecnologia e a acessibilidade à informação pareciam lhes garantir um terreno favorabiíssimo, isso sem mencionar as estáveis posições sociais necessárias à uma ordenada vida de estudos, e que foram conquistadas pela intelligentsia através da multiplicação das universidades.
Mas o que se deu foi justamente o contrário: a Intelectualidade moderna marcha para uma especialização cada vez mais estreita e pobre, e que não é senão a barbárie, a barbárie do nuevo barbaro, e que não resiste à uma comparação nem com os renascentistas nem com os escolásticos, que dirá com os gregos clássicos.
Talvez os estudiosos desses tempos mais rudes, justamente por não terem ao seu dispor as grandes muralhas da burocracia universitária, nem uma monstruosa gama de registros acessíveis para absorver, podiam antes de tudo concentrar-se em questões concretas, em angústias reais, sem distrair-se com o estudo exaustivo de autores específicos e de campos fragmentários do conhecimento.

4- Rex Tremendae, de Verdi (Trecho)

3- "A Cenar Teco" do Don Giovanni, de Mozart (Trecho)

2- Dies Irae, de Mozart

1- Marcha Fúnebre da Terceira Sinfonia, de Beethoven (Trecho)

Brasil exportando a própria miséria

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