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#G20 🎙 Discurso do vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia Alexander Pankin na Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20 sobre “Combate às Desigualdades” (Rio de Janeiro, 23 de julho de 2024) 💬 Nas últimas décadas, temos observado um progresso tangível na redução dos níveis de desigualdade em áreas específicas. No ano passado, por exemplo, os países do #BRICS ultrapassaram o G7 (30%) em termos de participação no PIB global (35%). No entanto, são necessárias medidas adicionais para corrigir a situação. A formação do G20 fez uma contribuição significativa para a democratização da governança global. A recente adesão da União Africana como novo membro é outra grande conquista. Há outros acontecimentos positivos. O G20 hoje está se apoiando cada vez mais em mecanismos universais, como a ONU, e não em esquemas de bastidores, padrões e formatos de clubes nos quais ordena o Ocidente. Em particular, é assim que a situação está se desenvolvendo nas trilhas temáticas da cooperação tributária e do combate à corrupção. A Rússia vem fortalecendo de uma forma consistente a sua posição no sistema econômico global. De acordo com o Banco Mundial, nos tornamos uma das cinco maiores economias, um país de alta renda e um dos dez maiores exportadores de superávit. Continuamos aprimorando o complexo de produção russo. Estamos incrementando a nossa soberania tecnológica, aumentando a produção de produtos de alto valor agregado e desenvolvendo competências profissionais exclusivas. Atuamos como garantidores de um fornecimento estável de energia, alimentos e fertilizantes para consumidores estrangeiros. Oferecemos aos consumidores estrangeiros serviços digitais, programas e soluções de engenharia que não estão sujeitos a conjunturas políticas. Pretendemos expandir a gama de suprimentos de bens complexos e de alta tecnologia. <...> A chave é fortalecer as capacidades produtivas e o capital humano dos países em desenvolvimento e os seus resultados financeiros. Isso permitirá pôr fim à situação em que, como dizem os próprios africanos, há séculos o continente vem sendo abastecido com matérias-primas e produtos agrícolas do Ocidente, que lucra com isso. Um exemplo ilustrativo que ouvi de um líder africano: dos US$ 46 bilhões em vendas de café cultivado na África, a África recebe menos de 6%. Está mais do que na hora de acabar com essa prática neocolonial. Os esforços devem ser concentrados no fortalecimento dos setores do Sul e do Leste Global, no aumento do financiamento da sua saúde e educação, na digitalização, nas ampliação das redes interuniversitárias e estudantis. Estamos promovendo ativamente essas ideias entre os nossos parceiros do BRICS e no formato Rússia-África. Os países desenvolvidos, de acordo com seus compromissos, devem destinar pelo menos 0,7% do PIB para a ajuda ao desenvolvimento, que há muito tempo está estagnada. <...> Os jogos geopolíticos jogados pelo Ocidente podem levar a uma fragmentação irreparável da economia global e se tornar um terreno fértil para a desigualdade. Então, o empobrecimento total e a radicalização das nossas sociedades serão irreversíveis. O G20 pode e deve pôr um fim firme a isso, colocando-nos de volta na trajetória do multilateralismo. A chave para nosso sucesso está em um compromisso renovado com a Carta das Nações Unidas, com o direito internacional e com a cooperação mutuamente vantajosa. Leia mais em inglês
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