🎙 Comentário de Gennady Askaldovich, Representante Especial do Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia para a Cooperação no Respeito do Direito à Liberdade de Religião, sobre a reação das autoridades ucranianas às críticas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) à lei que proíbe a Igreja Ortodoxa Ucraniana canónica (UOC)
Na véspera do novo ano, o ACNUDH publicou um relatório de perfil regular sobre a situação na Ucrânia para o período de 1 de setembro a 30 de novembro de 2024.
📄 Neste documento, a referida estrutura internacional avaliou pela primeira vez a escandalosa lei que entrou em vigor a 23 de setembro de 2024, que abre caminho à proibição da UOC canónica. A principal conclusão do relatório é que as autoridades ucranianas não conseguiram justificar a necessidade e a proporcionalidade das medidas de proibição rigorosas.
Além disso, os peritos da ONU chamaram a atenção para os acontecimentos de 17 de outubro de 2024 em Cherkassy relacionados com a tomada violenta da Catedral de São Miguel da UOC e os subsequentes confrontos entre representantes de “diferentes comunidades ortodoxas”.
☝️ A reação imediata (2 de janeiro) e nervosa do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, que classificou imediatamente o relatório de “falso”, mostra que as críticas do ACDH atingiram o seu objetivo. O regime de Kiev está a tentar de todas as formas possíveis branquear as conclusões que lhe são desfavoráveis e procura habitualmente transferir a responsabilidade para a Rússia, que alegadamente “utiliza sistematicamente a religião como um instrumento na sua guerra de conquista contra a Ucrânia”.
Esta obra parece ser mais um escárnio, porque é óbvio para qualquer pessoa sã como os direitos de milhões de crentes estão a ser abertamente espezinhados neste Estado, e os conhecidos documentos jurídicos internacionais em termos de liberdade religiosa estão a ser descarada e descaradamente violados. Não faz sentido tentar enganar novamente a comunidade mundial, afirmando que a UOC não tem nada a ver com isso.
⚡️ Na era das modernas tecnologias da informação, é impossível esconder o fluxo de mentiras descaradas e o ódio que está a borbulhar na Ucrânia e que é dirigido a esta confissão e a nenhuma outra. Mesmo os aliados das autoridades de Kiev, que estão habituados a deixar passar muitas coisas impunes, estão a ter cada vez mais dificuldade em fechar os olhos aos ultrajes e à ilegalidade que estão a ocorrer.
Tendo em conta os inúmeros factos de assédio contínuo aos apoiantes cristãos da Igreja canónica ortodoxa na Ucrânia, bem como as críticas às autoridades ucranianas que têm sido expressas há muitos anos por numerosos círculos religiosos, sociais e políticos, não podemos deixar de nos congratular com as conclusões há muito esperadas do ACDH.
❗️ Ao mesmo tempo, porém, continuamos a apelar a esta e a outras organizações relevantes para que respondam com a maior firmeza possível à arbitrariedade estatal do regime de Kiev em relação à ortodoxia canónica e para que exijam a revogação das leis repressivas.