«Deus torna-se portanto para a alma uma fonte de vida, não por ideia, por iluminação ou reflexões (tudo isso nela é unicamente uma fonte de ilusão), mas pela realidade das suas graças, escondidas sob as aparências mais estranhas. Como a alma não conhece a operação divina, recebe dela a virtude e a substância por mil espécies de circunstâncias que julga serem a sua ruína. Para semelhante escuridão, não há remédio, é deixar-se afundar nela. Deus dá-se nela e consigo dá todas as coisas, em obscuridade de fé; a alma está então como cega; ou para assim dizer, é semelhante a um doente que ignora a eficácia do remédio e só lhe sente o amargor. Imagina muitas vezes que lhe querem dar a morte; as crises e debilidades que lhe sobrevêm, parecem justificar os seus temores; e contudo é sob esta aparência de morte que recebe a saúde, tomando-os confiado na palavra do médico que lhos receita.»
— Pe. Jean de Caussade O abandono à Providência Divina
«Nosso sentido do tempo é quase sempre imperfeito. Mil vezes senti que tudo estava acabado quando tudo estava apenas começando.»
— Olavo de Carvalho